Acompanhada de 7 ministros, a presidenta Dilma Rousseff chegou a Washington, capital dos Estados Unidos, nesse domingo (8). Dando início a sua agenda de compromissos, a presidenta se reuniu com 23 empresários brasileiros que investem nos Estados Unidos. O encontro foi organizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e acabou deixando claro que a presidenta dará ênfase no comércio Brasil-EUA, que cresceu 120% nos últimos 10 anos.
A visita da presidenta ao país permitirá um aprofundamento na parceria Brasil-Eua. Na agenda, temas relacionados a comércio, investimentos, inovação, cooperação educacional, energia, ciência e tecnologia e assuntos da agenda global.
De fato, outro tema extremamente importante para o Brasil nessa visita seria um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Os Estados Unidos já reconheceram a “aspiração” brasileira, no entanto, progressos não foram feitos. Sabe-se que parte do descontentamento americano com o Brasil vem do aparente desejo brasileiro de ser “amigo de todos”, um exemplo disso foi o esboço de um acordo nuclear negociado pelo ex-presidente Lula com o Irã. Isso fez com que as relações diplomáticas do Brasil com os Estados Unidos ficassem à deriva. Por isso, o encontro entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente Barack Obama dessa segunda (9) também é importante para a retomada de uma confiança mútua, de maneira que divergências políticas parem de impossibilitar o aprofundamento das relações bilaterais. De qualquer maneira, possivelmente, para os Estados Unidos, o comércio estará no topo da agenda e não a diplomacia.
Outro ponto que chama atenção no que diz respeito à visita da presidenta Dilma Rousseff aos Estados Unidos é o de que essa visita não é de Estado. No entanto, especialistas garantem que, apesar da imprensa tomar isso como uma polêmica, isso vai guiar os encontros para os temas que são de fato importantes. Ainda, anseia-se pelas reuniões de trabalho de Dilma Rousseff e de Barack Obama. Afinal, Dilma é muito mais discreta em sua ação internacional do que o antigo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo assim, especialistas confirmam que a postura de Dilma passará confiança.
Hoje o Brasil é a 6° maior economia do mundo. Mas sabe-se que o Brasil investe apenas 1% de seu PIB em desenvolvimento e pesquisa. Segundo o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, o Brasil vai aos Estados Unidos não em busca de dinheiro, mas de know-how e investimento em ciência e tecnologia. Mas, para um aumento da produtividade de forma concreta, é preciso a qualificação da mão de obra nacional. É para isso que a presidenta, no dia 10, visitará o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a Universidade de Harvard, onde se encontrará com bolsistas brasileiros selecionados pelo programa “Ciência sem Fronteiras”, que tem como meta conceder 75 mil vagas até 2015.
Esse é o começo de um novo capítulo para as relações Brasil-EUA. É preciso que exista uma conexão entre os interesses americanos e os interesses brasileiros. Sendo assim, a palavra-chave da visita da presidente Dilma aos Estados Unidos é cooperação. É preciso mais pragmatismo e menos ideologia.
Por: Laryssa Almeida.



Muito boa essa reportagem e o comentario no final e super verdadeiro e bem elaborado.Gostei muito :)
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