bandeira liberiana chamado Victoria em alto mar, a operação denominada Operation Iron Law, após acumular dados de inteligência, culminou na descoberta de 50 toneladas de armamentos e munições, incluindo lançadores de foguete, mísseis anti-navio C-704, sistemas avançados de radares, projéteis de morteiro e muita munição para armas de pequeno porte. A carga bélica estava escondida sobre cargas de algodão e lentilha, tendo como possíveis receptores organizações militantes palestinas na Faixa de Gaza .
A embarcação foi abordada por corvetas da Marinha Israelense ao deixar o porto turco de Mersin, a cerca de 200 milhas náuticas da costa de Israel. O destino final da embarcação era o porto de El-Arish no Egito, porém não é descartado que poderia ser o porto de Alexandria. De acordo com a IDF(Israeli Defense Forces), o navio pegou sua carga no porto de Latakia, na Síria. A embarcação foi interceptada por corvetas da Marinha Israelense e comandos anfíbios da unidade Shayetet 13 embarcaram sem nenhuma resistência.
Segundo a IDF, a tripulação do navio não estava ciente do contrabando, o navio foi direcionado para o porto de Ashdod para inspeção e após a carga ilegal ser descarregada o mesmo foi liberado para seguir o restante de sua rota para o Egito. De acordo com o comandante da marinha israelense, Almirante Rani Ben-Yehuda, é provável que as armas foram transportadas do Irã para a Síria algumas semanas antes, quando dois navios militares iranianos navegaram através do Canal de Suez.
Segundo Jerusalém, todas as autoridades dos países envolvidos foram avisadas sobre a operação,
Alemanha(o Victoria pertence a uma empresa alemã), Libéria(bandeira da embarcação) e França(acompanhia operadora do navio). Após o incidente, Israel entrou com uma queixa no comitê de sanções do Conselho de Segurança da ONU à respeito dos esforços do Irã para contrabandear armas para a faixa de Gaza, uma violação da resolução 1747 do CS, que proíbe o Irã de exportar quaisquer tipos de armamento e/ou munição. O Chefe de Estado do Irã, General Ataollah Salehi, negou as alegações de que o Irã estava por trás do ocorrido e argumentou que o regime Israelense é baseado em mentiras e as produz. O Departamento de Estado dos EUA reafirmou a proibição do Irã de exportar armamentos, que o regime iraniano está desestabilizando a região, e apelou para todos os países do entorno a se esforçarem perante suas obrigações.
Essa não é a primeira vez que Israel apreende um navio carregando armamentos escondidos. O
incidente mais famoso foi em 2003, quando forças Israelenses interceptaram o Karine A, um cargueiro com
50 toneladas de mísseis, morteiros, rifles e munições, destinadas a militantes palestinos em Gaza.
A carga ilegal consistia em:
- 6 mísseis anti-navio C-704
- 230 granadas de morteiro, calibre 120mm
- 2.270 granadas de morteiro, calibre 60mm
- 2 sistemas de radar fabricados na Inglaterra
- 2 lançadores de foguete
- 2 sistemas de montagem para os sitemas de radar
- 66.960 projéteis de 7.62x39mm (usado principalmente nos fuzis AK-47)
fontes:
http://liveshots.blogs.foxnews.com/2011/03/15/israeli-navy-seizes-suspected-arms-vessel/
http://www.jpost.com/Defense/Article.aspx?id=212683
http://www.state.gov/r/pa/prs/ps/2011/03/158449.htm
Opinião:
Em 31 de maio de 2010, seis embarcações civis foram interceptadas em águas internacionais pelas forças Israelenses, uma operação que deixou nove mortos, tais embarcações tinham como destino levar ajuda humanitária e de mantimentos para a Faixa de Gaza, mesmo esta estando sobre bloqueio naval por parte de Israel. Tal atitude foi retaliada por vários países e diversos setores da sociedade, mas um país que está em guerra constante com grupos terroristas em seu próprio território e que sofre ameaças constantes de seus vizinhos deve estar sempre atento sobre qualquer atividade suspeita em suas regiões limítrofes, seja em terra ou mar. E se esses navios também estivessem contrabandeando armas como o Victoria, mesmo que sem o conhecimento de sua tripulação, se supostamente tais armas chegassem nas mãos de grupos terroristas poderiam causar um banho de sangue muito maior do que estamos acostumados a ver na região. Um país constantemente ameaçado deve zelar por sua soberania e sobrevivência, mesmo que precise tomar atitudes arriscadas e que possam eventualmente serem condenadas pela comunidade internacional, pois se um único navio cargueiro contrabandeando armamentos consegue entregar sua carga com sucesso, haverá muito mais mortes do que um eventual efeito colateral de uma operação mal sucedida.